terça-feira, 29 de abril de 2008

Humanidade: de livres selvagens a prisioneiros civilizados

O maior problema em ser humano é que todos nós nascemos com instintos. Muitos desses instintos são violentos, imorais e subversivos. Para lidar com este "problema", você se torna uma pessoa institucionalizada. A família, a escola e a religião/igreja te transformam numa pessoa passiva e sem vida própria. O mundo te dá asas ao nascer e então te impede de voar para grandes altitudes no decorrer da vida - você acaba apriosionado no medo e, por tanto, na mediocridade. A escola, inclusive a universidade, também tem seu papel na hora de frear nossos impulsos. O ambiente acadêmico pode tanto nos educar, nos preparar para os desafios da vida e nos ensinar a pensar, como nos transformar em mais um bando de burocratas conservadores - é preciso estar atento para não cair na armadilha da pseudoeducação que nos prepara para a submissão. Enquanto isso, a igreja impõe sua verdade absoluta, porém cheia de contradições, e diz quem você deve seguir, o que você deve fazer e como você deve levar sua vida. Nascemos com todos os instintos, mas somos condicionados a controlá-los - podemos ver, mas não tocar; podemos tocar, mas não provar; podemos provar, mas não engolir. E então você precisa se enquadrar para ser aceito, precisa fazer parte da sociedade, precisa se acomodar para não enlouquecer. Sua verdadeira essência então se desintegra, se transformando em pequenos pedaços de boas maneiras.

A liberdade se tornou utópica e seu conceito se perdeu durante a história devido às questões culturais, políticas e sociais que moldaram o comportamento humano. Somos vigiados, policiados, censurados pelo que vestimos e até pelo que comemos.  Somos definidos pela cor da pele, dos olhos, dos cabelos, pelo número do manequim e não pelos ideiais e valores. Padrões de beleza estúpidos e excludentes transformaram nossas mulheres em barbies plastificadas, alisadas, descoloridas e fúteis. E os homens estão no mesmo caminho. 

O medo, a pseudoeducação, a censura e os padrões nos acorrentaram. Passamos de selvagens livres a prisioneiros civilizados. Temos o mundo sob os pés, mas para dar um passo é preciso ultrapassar um deserto, uma muralha e uma horda de zumbis famintos. Não é fácil viver sem liberdade quando ela é instintiva. E mesmo que queiramos ser livres e ignorar todas as instituições possíveis, a liberdade está mais distante do que nunca. Ela está além do deserto, da muralha e dos zumbis famintos. E encontrá-la levaria tempo demais para uma só vida.

Garden State

Quem costuma ler este blog já deve ter percebido que eu não gosto de romances. Não consigo me lembrar de ter visto um filme ou lido um livro de romance do tipo "menino e menina se apaixonam e vivem felizes para sempre no final" e gostado em toda a minha vida. Mas os dramas ainda conseguem me prender. Talvez seja porque eu sempre me identifico com algum personagem com crises existenciais. Neste domingo (27), a Globo transmitiu Garden State (Hora de Voltar), filme que se trata de Andrew ‘Large’ Largeman (Zach Braff), que passou maior parte de sua vida tomando anti-depressivos receitados pelo pai. Após nove anos longe de sua cidade natal, Andrew recebe a notícia da morte de sua mãe e resolve voltar para o enterro. Durante a estadia na cidade, ele reencontra vários de seus amigos, dentre eles o mal humorado Mark (Peter Sarsgaard), que cava túmulos para judeus e cuja mãe transa com um ex-colega da classe; Jesse, que enriqueceu ao inventar o "velcro silencioso" e Kenny, que passou de usuário assíduo de drogas a policial. 

Na sala de espera de um consultório médico, Andrew conhece Samantha (Natalie Portman), uma jovem divertida e cativante, que sofre de epilepsia. Ao conhecer Sam, ele decide parar com os medicamentos e viver emoções que jamais tivera a oportunidade de viver antes.

O filme é de 2004 e foi escrito, dirigido e interpretado por Zach Braff. Em Fevereiro de 2005, Braff ganhou um Grammy de "Melhor Compilação de Trilha Sonora para um Longa-Metragem", pela trilha de Garden State. Na trilha sonora estão bandas como Coldplay e The Shins. Aqui vai o link para download.
Garden State é bem-humorado, dramático e genuínamente emocionante. Para ser sincera, achei clichê, como a maioria dos Indie Films, mas levando em consideração que Braff ainda é inexperiente, tanto como ator, como diretor, vale a pena ser visto se você não tiver nada mais para fazer na madrugada de um domingo e principalmente se tiver visto "O Homem da Casa" antes.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Fique ligado!


Estão abertas as inscrições para a 4º edição do "Concurso Universitário de Jornalismo CNN".
O concurso CNN é nacional e de cunho cultural e social, promovido pela Turner International e é aberto exclusivamente a acadêmicos de Comunicação Social - Jornalismo. No ano passado, a estudante Daniela Maria de Andrade Schwerz, do 7º período de jornalismo da Universidade do Vale do Itajaí ficou com o primeiro lugar pela reportagem "Surf para cegos", onde teve como temática “O esporte como ação social”. O trabalho teve a orientação da digníssima professora Laura Seligman. Além desta reportagem, a Univali inscreveu outras duas matérias no concurso, que ficaram entre as 10 finalistas. Esta foi a segunda vez que a Universidade participa do concurso. O tema deste ano é a "Socialização por meio da arte" e o objetivo é incentivar o desenvolvimento do talento dos participantes e premiar o seu desempenho na elaboração de matérias jornalísticas televisivas. Quem estiver interessado(a) em participar, é só acessar o site do Concurso CNN para saber mais.

sábado, 5 de abril de 2008

Poemas do velho safado

Começa aqui a sessão "Poemas do velho safado" e segue a baixo quatro dos 25 melhores de Charles Bukowski.
PS: Notaram a mudança no layout? Gostaram? Não gostaram? Comentem e dêem sugestões.

Au revoir!