segunda-feira, 30 de junho de 2008

Sabe, eu fico tão feliz quando surge aquela vontade extraordinária de escrever pra este blog, que tudo em volta vira motivo pras minhas divagações. Mas agora parece que uma nuvem negra de improdutividade paira sobre minha cabeça grande e cabeluda, e tudo em volta parece cretino demais pra ser analisado pelo meu ser dotado de beleza e inteligência. Queimem todos! Quem sabe uma grande tragédia como uma destruição em massa desperte meu desejo de manter este blog atualizado.

terça-feira, 24 de junho de 2008

O álbum vermelho de Weezer

Que eu sou fã incondicional de Weezer todo mundo sabe. Mas isso não muda o fato de eu ser exigente musicalmente (e em outras coisas também) e achar a maioria das bandas de rock americanas atuais horríveis. É claro que toda regra tem exceções, como o Weezer, que acaba de lançar um álbum novinho em folha: o Red Album. Estava adiando este momento para um dia de inspiração (que não é este), já que eu ando com uma nuvem negra sobre minha cabeça nos últimos dias. Mas vamos tentar.
Acho que as expectativas da crítica e principalmente dos fãs fizeram Rivers Cuomo e todo o pessoal do Weezer produzir o disco mais variado e até mesmo maluco desde “Pinkerton” e “Maladroit”.

Seguindo a tradição, o disco começa com “Troublemaker”, que por um triz não virou single e lembra muitos sucessos como “Beverly Hills”. A weezermaníaca aqui aprova e não esconde sua vontade de mexer o esqueleto enquanto ouve. Em seguida vem “The Greatest Man That Ever Lived”, que, ironicamente começa com uma canção de ninar, ao som de uma platéia agitada (como num show ao vivo) e barulhos de uma sirene policial. Harmonia perfeita e sincronia nos vocais compõem a segunda faixa. Dá até pra comparar com “Bohemian Rhapsody” do Queen. A terceira faixa já se enquadra mais nos tempos áureos do Weezer: “Pork and Beans”, o single que virou videoclipe inspirado nos hits mais populares do YouTube. Aí vem a decepção em “Heart Songs”, uma baladinha melosa que Rivers Cuomo compôs para homenagear todas as bandas que fizeram a cabeça dele até começar com o Weezer. A quinta faixa é “Everybody Get Dangerous”. Quem não conhece o Weezer, diria que a música é dos Red Hot Chilli Peppers. Depois da barulheira,
“Dreamin'” surge para dar descanso aos ouvidos, com direito a canto dos pássaros e os vocais do baixista Scott Shriner. “Thought I Knew” dá três minutos de fama ao guitarrista Brian Bell, que não me convenceu com sua voz. Pois é, nem tudo são flores. Aliás, a música, de maneira geral, ficou parecendo muito mais um hit dos Backstreet Boys do que uma canção de rock. Já “Cold Dark World” não fede nem cheira. O começo chama a atenção, mas depois só piora. Em seguida, “Automatic” apresenta os vocais do baterista Patrick Wilson e mostra um lado meio “Foo Fighters” do Weezer (me gusta!). Por fim, “The Angel and the One”, “Miss Sweeney”, “Pig”, “The Spider” e “King”, canções mais calmas com alguns ataques esquizofrênicos entre um verso e outro, fecham mais um projeto bem sucedido do Weezer. Os fãs agradecem.


segunda-feira, 23 de junho de 2008

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Os 10 casais mais legais do cinema

Já que cinema está se tornando um tema mais do que recorrente neste blog, é justo homenagear o dia dos namorados com uma lista dos dez casais mais legais da sétima arte.
Sem enrolação e papos sobre amor e blá-blá-blá, vamos direto ao assunto.
  • Mickey e Mallory Knox (Natural Born Killers - Direção de Oliver Stone e roteiro de Quentin Tarantino)
  • Mia Wallace e Vincent Vega (Pulp Fiction - Direção de Quentin Tarantino)
  • Catherine Tramell e Nick Curran (Basic Instinct - Direção de Paul Verhoeven)
  • Joel Barish e Clementine (Eternal Sunshine Of The Spotless Mind - Direção de Michel Gondry)
  • Charlotte e Bob Harris (Lost in Translation - Direção de Sofia Coppola)
  • Harry Goldfarb e Marion Silver (Requiem For A Dream - Direção de Darren Aronofsky)
  • Richard Blaine e Ilsa Lund Laszlo (Casablanca - Direção de Michael Curtiz)
  • Edward e Kim (Edward Sissorhands - Direção de Tim Burton)
  • Charles Chaplin e Paulette Godard (Modern Times - Direção de Charles Chaplin)
  • Tyler Durden e Marla Singer (Fight Club - Direção de David Ficher)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

De olhos bem fechados


Para começo de conversa, Eyes Wide Shut (De Olhos Bem Fechados, Stanley Kubrick, 1998) é um dos filmes mais geniais que eu já vi. Ele foi o último filme dirigido pelo mestre Kubrick, que morreu pouco depois das filmagens. O ex-casal Tom Cruise e Nicole Kidman tiraram a sorte grande ao fazer parte desta produção baseada no conto Traumnovelle, de Arthur Shnitzler. O filme possui uma série de variações em relação ao livro de Schnitzler, constituindo escolhas feitas na adaptação Kubrick. 

Assim como na maioria dos filmes kubrickianos, em De Olhos Bem Fechados, há uma crítica às aparências convencionais do chamado american way of life (modo de vida americano). A história começa na preparação de Bill (Cruise) e Alice (Kidman) para uma festa de amigos da alta sociedade novaiorquina. Na festa, a estrutura familiar sólida do casal começa a desmoronar quando Bill conhece duas modelos e Alice flerta com um convidado extremamente sedutor. Bill, porém, é interrompido por seu paciente Victor Ziegler, o anfitrião da festa, para atender a uma emergência que é, na verdade, uma prostituta tendo uma overdose. A partir daí, Kubrick inicia suas críticas implacáveis à hipocrisia da sociedade: homens casados traem suas mulheres em festas religiosas de fim de ano, revelando um universo cínico repleto de vulgaridade. 

Ainda é possível observar nesta obra que há uma constante variação entre sonho e realidade. Pode-se dizer que Bill, como um dos personagens mais bem interpretados por Tom Cruise em toda sua carreira, deixou nítida a referência freudiana, no momento em que sonho e realidade se cruzam numa atmosfera completamente sexual. Alice, por sua  vez, possui características muito parecidas com as de Bill: o comportamento conservador hipócrita. No entanto, a partir do momento em que ela revela que desejou sexualmente outro homem (podendo não ser uma ocasião isolada), Bill se sente desolado. É como se o universo familiar que lhe era tão seguro e confortável houvesse desmoronado. Então ele decide sair, sem rumo, em busca de distração. Sem ser proposital, ele encontra um bar onde um antigo amigo de faculdade que havia largado a medicina para se dedicar ao piano, estava tocando. Tal amigo, Nick Nightgale, ele havia reencontrado na festa de Victor Ziegler. Ao final da apresentação, o pianista se senta com William, e o conta sobre uma festa muito intrigante, na qual ele era pago para tocar, só que obrigado a ficar de olhos vendados. 

O filme possui quase três horas de viagens oníricas, desejos sexuais, traição e mistérios. Com certeza é uma ótima opção pra quem gosta de filmes intensos. 

Premiações:
  • Indicação ao Globo de Ouro, de Melhor Trilha Sonora.
  • Indicação ao César, como Melhor Filme Estrangeiro.
  • Indicação ao Grande Prêmio Cinema Brasil, como Melhor Filme Estrangeiro.
Veja o trailer:

terça-feira, 3 de junho de 2008

Jean-Luc Godard cancela participação em festival israelense

O diretor de cinema franco-suíço desistiu de prestigiar evento de filmes estudantis.Assessora do festival lamenta que ele tenha cedido à pressão de grupos pró-palestinos.

O diretor de cinema franco-suíço Jean-Luc Godard cancelou de última hora sua participação em um festival anual de filmes de estudantes em Tel Aviv, supostamente por pressões de grupos pró-palestinos.
"Estamos muito decepcionados porque ele parece ter cedido à pressão de grupos pró-palestinos que fazem campanha em favor do boicote a Israel", comentou a assessora do evento, Morane Tal.

Filha de Glauber Rocha diz que polêmica com Casseta ‘foi ótima para vender DVDs’

Clássico do diretor volta aos cinemas em versão restaurada neste fim de semana. Em entrevista, Paloma Rocha fala sobre resgate da obra e ataque de Marcelo Madureira.Dono de uma carreira norteada pela polêmica, o cineasta Glauber Rocha, morto em 1981, voltou ao centro do bate-boca cultural há cerca de dois meses, quando foi duramente criticado pelo humorista Marcelo Madureira, do “Casseta & Planeta”. O ataque público do Casseta motivou defesas apaixonadas de diversas partes, mas não incomodou a filha do cineasta, Paloma Rocha. “Essa polêmica ajudou o Glauber; foi ótima para vender DVDs”, diz a herdeira do diretor do Cinema Novo, em entrevista ao G1. Ela conta que a venda de filmes de Glauber aumentou mais de dez vezes na semana da polêmica. “É um sinal de que a porta está novamente aberta para a obra dele”, afirma Paloma, que há cerca de cinco anos se dedica exclusivamente ao resgate da produção de seu pai e ao centro cultural que leva seu nome, Tempo Glauber, no Rio de Janeiro. “O Glauber é mais reconhecido no exterior do que no Brasil; ninguém sabe quem é ele aqui”, diz, citando festivais de mais de dez países onde filmes de Glauber foram exibidos recentemente.