terça-feira, 24 de junho de 2008

O álbum vermelho de Weezer

Que eu sou fã incondicional de Weezer todo mundo sabe. Mas isso não muda o fato de eu ser exigente musicalmente (e em outras coisas também) e achar a maioria das bandas de rock americanas atuais horríveis. É claro que toda regra tem exceções, como o Weezer, que acaba de lançar um álbum novinho em folha: o Red Album. Estava adiando este momento para um dia de inspiração (que não é este), já que eu ando com uma nuvem negra sobre minha cabeça nos últimos dias. Mas vamos tentar.
Acho que as expectativas da crítica e principalmente dos fãs fizeram Rivers Cuomo e todo o pessoal do Weezer produzir o disco mais variado e até mesmo maluco desde “Pinkerton” e “Maladroit”.

Seguindo a tradição, o disco começa com “Troublemaker”, que por um triz não virou single e lembra muitos sucessos como “Beverly Hills”. A weezermaníaca aqui aprova e não esconde sua vontade de mexer o esqueleto enquanto ouve. Em seguida vem “The Greatest Man That Ever Lived”, que, ironicamente começa com uma canção de ninar, ao som de uma platéia agitada (como num show ao vivo) e barulhos de uma sirene policial. Harmonia perfeita e sincronia nos vocais compõem a segunda faixa. Dá até pra comparar com “Bohemian Rhapsody” do Queen. A terceira faixa já se enquadra mais nos tempos áureos do Weezer: “Pork and Beans”, o single que virou videoclipe inspirado nos hits mais populares do YouTube. Aí vem a decepção em “Heart Songs”, uma baladinha melosa que Rivers Cuomo compôs para homenagear todas as bandas que fizeram a cabeça dele até começar com o Weezer. A quinta faixa é “Everybody Get Dangerous”. Quem não conhece o Weezer, diria que a música é dos Red Hot Chilli Peppers. Depois da barulheira,
“Dreamin'” surge para dar descanso aos ouvidos, com direito a canto dos pássaros e os vocais do baixista Scott Shriner. “Thought I Knew” dá três minutos de fama ao guitarrista Brian Bell, que não me convenceu com sua voz. Pois é, nem tudo são flores. Aliás, a música, de maneira geral, ficou parecendo muito mais um hit dos Backstreet Boys do que uma canção de rock. Já “Cold Dark World” não fede nem cheira. O começo chama a atenção, mas depois só piora. Em seguida, “Automatic” apresenta os vocais do baterista Patrick Wilson e mostra um lado meio “Foo Fighters” do Weezer (me gusta!). Por fim, “The Angel and the One”, “Miss Sweeney”, “Pig”, “The Spider” e “King”, canções mais calmas com alguns ataques esquizofrênicos entre um verso e outro, fecham mais um projeto bem sucedido do Weezer. Os fãs agradecem.


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