quinta-feira, 23 de agosto de 2007

1, 2, 3, testando!

Nem todos sabem que os testes e experimentos realizados em animais são tão cruéis. A maioria desconhece o sofrimento ao qual estes são submetidos.
A questão é: estes testes ajudam na evolução da ciência? Não.
Além de serem um atraso nas pesquisas científicas, são também um grande desperdício de dinheiro público.
“De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação. Albert Sabin reconhece que o fato de haver realizado pesquisas em macacos Rhesus atrasou em mais de 10 anos a descoberta da vacina para a pólio.”

Os testes mais comuns
Teste de Irritação dos Olhos: É utilizado para medir a ação nociva dos ingredientes químicos encontrados em produtos de limpeza e em cosméticos. Os produtos são aplicados diretamente nos olhos dos animais conscientes.

Teste Draize de Irritação Dermal: Consiste em imobilizar o animal enquanto substâncias são aplicadas em peles raspadas e feridas (fita adesiva é pressionada firmemente na pele do animal e arrancada violentamente; repete-se esse processo até que surjam camadas de carne viva). Substâncias aplicadas à pele tosada do animal.

Teste LD 50: Abreviatura do termo inglês Lethal Dose 50 Perercent (dose letal 50%). Criado em 1920, o teste serve para medir a toxicidade de certos ingredientes. Cada teste LD 50 é conduzido por alguns dias e utiliza 200 ou mais animais. A prova consiste em forçar um animal a ingerir uma determinada quantidade de substância, através de sonda gástrica. Isso muitas vezes produz a morte por perfuração. Os efeitos observados incluem dores angustiantes, convulsões, diarréia, dispnéia, emagrecimento, postura anormal, epistaxe, supuração, sangramento nos olhos e boca, lesões pulmonares, renais e hepáticas, coma e morte.

Testes de Toxidade Alcoólica e Tabaco: Animais são obrigados a inalar fumaça e se embriagar, para que depois serem dissecados, a fim de estudar os efeitos de suas substâncias no organismo. Mesmo sabendo que tais efeitos já são mais do que conhecidos.


Experimentos de Comportamento e Aprendizado: A finalidade é o estudo do comportamento de animais submetidos a todo tipo de privação (materna, social, alimentar, de água, de sono etc.), inflição de dor para observações do medo, choques elétricos para aprendizagem e indução a estados psicológicos estressantes. Muitos desses estudos são realizados através da abertura do cérebro em diversas regiões e da implantação de eletrodos no mesmo, visando ao estímulo de diferentes áreas para estudo fisiológico. Alguns exemplos: Animais têm parte do cérebro retirada e são colocados em labirintos para que achem a saída; animais com eletrodos implantados no cérebro são ensinados a conseguir comida apertando um botão, caso apertem um botão errado recebem um choque elétrico; animais operados e com estado meramente vegetativo são deixados durante dias inteiros em equilíbrio, sobre plataformas cercadas de água, para evitar que durmam. Filhotes recém nascidos são separados de suas mães etc..


Teste de Colisão: Os animais são lançados contra paredes de concreto. Babuínos, fêmeas grávidas e outros animais são arrebentados e mortos nesta prática.

Pesquisas Dentárias: Os animais são forçados a manter uma dieta nociva com açúcares durante três semanas ou têm bactérias introduzidas em suas bocas para estimular a decomposição dos dentes. Depois disso, são submetidos aos testes odontológicos. Muitas vezes, os animais têm suas gengivas descoladas e a arcada dentária removida. Os animais mais usados são macacos, cães e camundongos.

Dissecação: Animais são dissecados vivos nas universidades e outros centros de estudo.

Cirurgias Experimentais e Práticas Médico-Cirúrgicas: Cães, gatos, macacos e porcos são usados como modelos experimentais para o desenvolvimento de novas técnicas-cirúrgicas ou aperfeiçoamento das já existentes. Cirurgias toráxicas, abdominais, ortopédicas, neurológicas, transplantes são constantemente realizadas. Não é raro ver animais mutilados, tendo seus membros quebrados, costurados, decapitado sem nenhum uso de anestesia!




Os testes são realizados sem anestésicos, expondo o animal à situações de extremo sofrimento e dor.



Como contribuir para o fim dos testes em animais?
Deixar de usar os produtos que utilizam animais como cobaias para pesquisas e conscientizar as pessoas a não usarem também.



Empresas que testam:

Nacionais:

Aloés (absorventes e fraldas)

Marcas: Baby Looney Tunes, Confiance, Dignity, Les Enfants, Seja Livre, Turminha Feliz

R:"Todo produto de higiene pessoal, seja ele cosmético ou não, deve ser submetido a testes com animais para identificação de possíveis irritações dérmicas. Esta prática é determinada por lei, seguindo a portaria 1480.Se o fabricante não apresentar estes testes conclusivos efetuados por laboratório credenciado pelo GOVERNO (MS-SVS-RJ) de cada Estado, ele não receberá a licença para comercializa-lo no mercado nacional.Portanto, é uma prática exigida pela lei brasileira. Mas, ressalvo que este teste deve ser feito apenas uma vez, desde que a composição do produto não seja alterada."(03/07/06)

Assolan (produtos de limpeza)

Marcas: Assolan, Assin

R:"Entendemos perfeitamente sua preocupação com relação à utilização de animais na avaliação de alguns produtos, por outro lado, temos que atender a legislação vigente no país que exige a realização de testes certificados pelo órgão regulamentador ANVISA, responsável pela liberação dos produtos para o mercado."(10/07/06)

Baruel (cosméticos para crianças e produtos de limpeza)

Marcas: Baruel, Bluar, Baruel Kids, Baruel Baby, Polvilh, Sanix, Snoopy, Tennis Pé, Xuxinha

R:"Os testes realizados em nossos produtos obedecem às exigências previstas em Lei. Ressaltamos que os testes em animais, não são regras em nossa empresa, e sim exceções."(29/06/06)

Bombril (produtos de limpeza)

Marcas: Atak, Bombril, Kalipto, Limpol, Mágica, Mon Bijou, No ar, Pinho Bril, Pratice, Radium

R:"A Bombril faz testes com animais para o Registro dos Desinfetantes para cumprir Portaria do Ministério da Saúde."(29/06/06)