
A liberdade se tornou utópica e seu conceito se perdeu durante a história devido às questões culturais, políticas e sociais que moldaram o comportamento humano. Somos vigiados, policiados, censurados pelo que vestimos e até pelo que comemos. Somos definidos pela cor da pele, dos olhos, dos cabelos, pelo número do manequim e não pelos ideiais e valores. Padrões de beleza estúpidos e excludentes transformaram nossas mulheres em barbies plastificadas, alisadas, descoloridas e fúteis. E os homens estão no mesmo caminho.
O medo, a pseudoeducação, a censura e os padrões nos acorrentaram. Passamos de selvagens livres a prisioneiros civilizados. Temos o mundo sob os pés, mas para dar um passo é preciso ultrapassar um deserto, uma muralha e uma horda de zumbis famintos. Não é fácil viver sem liberdade quando ela é instintiva. E mesmo que queiramos ser livres e ignorar todas as instituições possíveis, a liberdade está mais distante do que nunca. Ela está além do deserto, da muralha e dos zumbis famintos. E encontrá-la levaria tempo demais para uma só vida.